Nesse verão tenho encontrado muitos cogumelos da espécie Panaeolus antillarum em pastagens. Eles crescem sobre esterco, muitas vezes de forma abundante, formando pequenas “famílias”, rs.
A primeira vez que encontrei essa espécie vi eles crescendo sobre 4 “montinhos” diferentes de esterco em uma mesma área. Foi legal pois deu pra ver eles em vários estágios, de pequeninos a bem maduros!
Possuem um chapéu (píleo) de 3 a 6 cm de diâmetro, de cor branca a cinza claro ou com um tom amarelado, podendo adquirir uma cor branca/prateada brilhante com o tempo. É um cogumelo até bem comum, e encontrado em boa parte do mundo.
No himenóforo (parte de baixo do chapéu) possui lamelas que são cinzas quando jovens e super pretas quando bem maduros, chegando a manchar as mãos. O estipe é da mesma cor do chapéu e pode ter de 4 a 22 cm de altura.
Ao contrário de outras espécies desse gênero, esta não possui propriedades psicoativas. Depois segui encontrando eles em esterco tantas vezes que nem tirei mais fotos, rs. Mas a última vez encontrei uma família tão grande e simpática que fiz mais alguns registros dessa espécie (fotos abaixo).
Li que essa espécie é considerada comestível, mas seu uso culinário não é comum (não achei o motivo específico, ou informações sobre o sabor e textura). Uma das razões talvez seja por ele poder ser confundido com espécies tóxicas ou que contém substâncias alucinógenas, como o Panaeolus cyanescens.
📸 Registros feitos em 05/01/24 e 27/01/24 em São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul.