Neste início de junho encontramos uma abundância de Pleurotus pulmonarius. Foi a primeira vez que encontramos esta espécie, reconhecemos que era provavelmente um Pleurotus e pesquisando no guia do Primavera Fungi e pela internet cheguei nessa id, e felizmente o micólogo Denis Zabin já confirmou lá no iNaturalist.
É um cogumelo silvestre comestível e muito gostoso, como todos os Pleurotus que já provamos, rs. Esse gênero é só sucesso em relação a comestibilidade. Eles tem uma textura ótima e firme, e são muito saborosos.
Conhecido em inglês por vários nomes comuns, como Indian oyster, Italian oyster, Phoenix mushroom, Lung oyster e Pale Oyster, e em português como Cogumelo-ostra marrom e Shimeji marrom, é encontrado em florestas temperadas e subtropicais em todo o mundo.
É muito semelhante a espécie Pleurotus ostreatus, porém já li que esta provavelmente não ocorre no Brasil. Como outros Pleurotus, é uma espécie bastante cultivada e apreciada em vários países. Há também alguns estudos que apontam que este cogumelo possui propriedades medicinais.
No primeiro dia achamos eles em 3 áreas diferentes, todas as vezes crescendo sobre galhos caídos de araucária. O Pleurotus albidus também sempre achamos em galhos de araucária, por sinal.
Dois dias depois fomos na mesma área mas fizemos trilhas diferentes, e novamente encontramos muitos e muitos deles. Alguns eram bem grandões, como dá pra ver nas fotos acima.
Quase não dava pra andar 3 metros sem topar com um galho de araucária no chão da mata cheio deles, rs. Muitos já estavam velhos, ou atacados demais por insetos, mas ainda sim deu pra coletar mais uma boa porção.
Depois de usar eles em sopa, e fazer eles refogados, com o restante decidi desidratar para ver como iam ficar e testar receitas com eles assim também. Tenho um desidratador de alimentos a pouco tempo, então estou querendo testar tudo, rs.
Secaram em cerca de 7 horas a 55ºC, ficando bem crocantes e quebradiços, com o sabor bem intenso. Até dá pra comer como um salgadinho, rs. Uns dias depois experimentei reidratar eles e colocar em um molho branco, também já fiz risoto e coloquei no feijão (funciona com eles in natura também), e todos os experimentos ficaram muito bons. Enfim, as possibilidades de receitas são infinitas!
📸 Registros feitos em 05 e 07/06/24 em São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, Brasil.