Publicado: set 10, 2023
Atualizado: abr 30, 2024
Escrito por: Helissa

Depois desse início de mês com ciclone e volumes altíssimos de chuva, encontramos uma abundância de Auricularias na mata! Nunca tínhamos visto grupos tão grandes, e com espécimes tão grandes também. Lindo demais!

As fotos foram feitas em 3 áreas diferentes. Primeiro pensei serem da espécie Auricularia polytricha (vi que a nomenclatura Auricularia cornea é sinônimo) e alguns mais clarinhos pensei que poderiam ser Auricularia fuscosuccinea. Porém postei lá no iNaturalist e todos foram identificados como Auricularia fuscosuccinea mesmo! São espécies bem parecidas, pessoalmente não sei como distinguir, porém ambas são comestíveis.

Essas espécies são bem fáceis de reconhecer e quase que impossíveis de serem confundidas com outros gêneros e espécies que podem ser tóxicos, por isso são cogumelos selvagens interessantes para quem é iniciante na caça aos cogumelos poder coletar e provar.

Também conhecido como orelha de judeu ou orelha de judas em português, e como jelly ear, jew’s ear ou wood ear em inglês, entre vários outros nomes populares. E facilmente dá pra perceber o porquê desses nomes, eles realmente não só parecem orelhas mas também tem uma textura que parece cartilagem. É comestível e também considerado medicinal, tradicionalmente muito consumido (e cultivado) na China e em outros países asiáticos.

Porém, não tem muito gosto, é geralmente adicionado em sopas e molhos, sendo mais apreciado pela sua textura (que é bem estranha pra que não está acostumado!).

Fazia tempo que não comíamos esse fungo, não é nosso preferido mas tem muitos nutrientes e é sempre bom comer coisas diversificadas – além do prazer que é poder achar e “colher” esses espécimes na mata!

O modo de preparo não tem muito mistério, dá pra brincar e inventar outras variações mas nós geralmente limpamos e cortamos eles em fatias, deixamos ferver por uns 5 minutos e depois refogamos eles em um pouco de óleo por mais uns 5 minutos, temperando com sal, pimenta, noz moscada, orégano e shoyu.

Nesse dia comemos com arroz e salada, o basicão mesmo pois sem disposição e tempo para fazer algo mais elaborado, rs. No fim eles acabam mais é com o gosto do tempero de escolha mesmo. Sobrou metade do que colhemos e no dia seguinte coloquei na sopa, eles adicionam uma textura interessante à qualquer receita.

📸 Registro feito em 06/09/23 em São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul.

⚠ Se não tem conhecimento sobre, não arrisque experimentar fungos desconhecidos só por comparação de fotos online. 

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