Um pequeno e lindo cogumelinho, crescendo solitário no chão da mata, com um chapéu bem decorado!
Foi sorte ver ele entre a serrapilheira. Quando olhei com mais atenção e vi essa estrutura no chapéu primeiro achei que fosse alguma má formação, mas depois postando no iNaturalist e com a ajuda na id e informações do Denis Zabin vi que é característica dessa espécie mesmo.
Essa espécie ainda não foi descrita pela ciência, mas se considera que faz parte do gênero Lepiota. Observada pela primeira vez no México, tem o apelido de “La princesa” por essa estrutura em cima do chapéu lembrar uma coroa.
É considerado que ocorre em toda a região Neotropical (do sul da América do Sul até áreas tropicais do México, incluindo também o Caribe e as Antilhas).
Pesquisando mais sobre achei no Mushroom Observer que “Lepiota nustae” seria um nome provisório para essa espécie.
Vi também que esse nome é em homenagem à uma múmia de 500 anos de uma menina inca, conhecida como Ñusta (palavra em quechua que significa princesa), que estava nos Estados Unidos a mais de 100 anos e foi repatriada à Bolívia em 2019.
De qualquer forma, esse cogumelo é uma gracinha e foi um prazer encontrar esta princesinha da mata! E pelo que pesquisei no iNaturalist e no Mushroom Observer, essa parece ser a primeira observação/registro dessa espécie no Rio Grande do Sul. Achei bem interessante!
📸 Registro feito em 19/04/24 em São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul.