Publicado: maio 22, 2024
Atualizado: jun 28, 2024
Escrito por: Helissa

O Macrolepiota bonaerensis é um cogumelo silvestre comestível. É lindo e bem grandão, quase parece um guarda sol brotando do solo, rs.

Macrolepiota é um gênero de cogumelos que contém cerca de 40 espécies, sendo várias delas comestíveis, como o Macrolepiota capelariae. Porém, para iniciantes pode ser difícil conseguir distinguir entre estas espécies e se certificar da identificação correta.

Tem um cogumelo com características semelhantes às desse gênero que é bem tóxico, o Chlorophyllum molybdites. Portanto não arrisque comer sem ter certeza absoluta da identificação.

Cogumelos Macrolepiota bonaerensis, encontrados em 13/04/24.

Eu só consigo agora identificar ele um pouco melhor, depois de meses e vários encontros com a espécie e com a ajuda de especialistas lá no iNaturalist. Mas ainda sim as vezes confundo com outras espécies de Macrolepiota, que tem características semelhantes.

Os cogumelos desse gênero também são conhecidos pelos nomes comuns de “Frade” ou “Chapéu de cobra”, entre outros. Pelas observações lá no iNaturalist esta espécie parece ocorrer do sudeste ao sul do Brasil, e também nos nossos vizinhos Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai.

Características do cogumelo Macrolepiota bonaerensis

Cogumelos Macrolepiota bonaerensis, encontrados em 10/03/24.

Para conseguir identificar este cogumelo, é importante se atentar as suas características.

Ele cresce sobre o solo, geralmente em campos. Por aqui todas as vezes que encontrei foram em áreas com pinheiros (Pinus sp.) e pasto na volta. Tem um estipe (caule) rígido e oco, com anel móvel e com uma base bulbosa.

O píleo (chapéu) tem uma coloração que varia de um branco ou creme até um bege mais escuro, e pode apresentar escamas. O himenóforo (parte de baixo do chapéu) possui lamelas livres e brancas. Pode chegar até uns 35 cm de altura, e o diâmetro do chapéu tem cerca de 10 a 25 cm.

Cogumelos Macrolepiota bonaerensis, encontrados em 27/04/24.

Seus esporos são brancos, ao contrário do cogumelo tóxico Chlorophyllum molybdites que citei acima, que possui esporos esverdeados que mancham as lamelas da mesma cor quando maduro. Esta é uma das dicas para diferenciar este tóxico de espécies de Macrolepiota.

Aqui na Serra Gaúcha aparecem mais entre o fim do verão e durante o outono.

📸 Registros feitos em São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul.

⚠ Procure sempre informações, guias e a confirmação de especialistas antes de decidir consumir qualquer cogumelo selvagem. Nunca confie apenas em comparação de fotos online.

Posts Relacionados

Armillaria puiggarii | Cogumelo selvagem comestível

Pleurotus pulmonarius | Cogumelo nativo comestível

Cogumelos brasileiros comestíveis | Da mata ao prato

Trametes versicolor | Cogumelo medicinal Cauda de Peru

10 Cogumelos comestíveis da Mata Atlântica

Macrolepiota capelariae | Cogumelo comestível da Mata Atlântica

Como identificar cogumelos selvagens? | Dicas para iniciantes

Cogumelos em florestas de Pinus na Serra Gaúcha

Caça aos Cogumelos na Serra Gaúcha | Experiências e Dicas