Essa foi a primeira vez que visitamos o Parque Natural Municipal da Ronda, no fim de maio – dia do meu aniversário. Um dia geladíssimo de outono, mas com bastante sol pelo menos.
Fica bem pertinho da cidade – cerca de 2km do centro, e a entrada é gratuita. O território do Parque é enorme (1200 hectares), existem vários mirantes, cachoeiras e trilhas (as vezes não muito bem demarcadas).
Na entrada tem uma casa que é a sede da administração e de informações turísticas, porém ainda não possuem nenhum mapa do Parque para distribuir, o que seria bom para ter uma noção melhor da área e obter informações precisas sobre as trilhas e pontos de interesse. [Atualização: em 2024 colocaram algumas placas com o mapa e pontos de interesses dentro do Parque, porém com informações incompletas].
Nesse dia caminhamos até o Mirante da Solidão (mais ou menos 1,5km do início do Parque). É bem bonita a vista, e tem uma estrutura de madeira para admirar a paisagem e tirar fotos – porém o estado das madeiras está bem duvidoso, com partes meio apodrecidas. Além disso tem um único banco, mas que está em estado bem precário também. [Atualização: a plataforma de madeira foi removida em 2024 e está nos planos fazer uma nova, por enquanto está sem].
E na volta desse mirante infelizmente tem bastante lixo. Essa área do Parque foi usada como lixão por cerca de 20 anos, parando em 2005. Desde então houve algumas limpezas (a situação era bem pior), mas continua a ter bastante lixo por lá. Além disso também tem os visitantes sem noção que jogam lixo em várias outras partes do Parque. O documentário abaixo, feito pelo coletivo Recicla São Chico, explica bem a problemática do lixo no Parque da Ronda e em São Francisco de Paula como um todo, vale a pena assitir.
Na volta, também descemos para ver o Perau da Ronda e a Cascata da Rondinha, que fica bem pertinho da entrada do parque – e com uma trilha curta e bem estruturada, porém íngreme em alguns pontos. A Cascata infelizmente é poluída e imprópria para banho – recebe o esgoto não tratado da vila que em na entrada do Parque.
Uma coisa ruim é a estrada de acesso ao Parque, que está em estado deplorável. Porém conversando com o pessoal da administração dizem que está na prioridade para ser arrumada. [Atualização: foi feito o calçamento da entrada em 2024 e está bem melhor, porém a parte interna continua precária, necessário um carro alto pra evitar problemas].
De qualquer forma, é um privilégio ter acesso a uma área com natureza preservada tão linda e tão perto da cidade, espero que o município siga investindo e fazendo melhorias nesse espaço.
Além dessas trilhas que fizemos, que são as mais comuns e acessíveis, estando presente nas placas informativas, tem várias outras trilhas mais pro “fundo” do Parque, que fazem parte do Caminho das Araucárias. Pra nós elas são as mais lindas e interessantes. Existem algumas placas informando sobre elas, mas sugiro dar uma olhada no wikiloc também pra ter uma noção melhor de onde elas começam.
Horário de visitação e atendimento: Todos os dias das 08:30 às 17h.